quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

VÊM, VAMOS EMBORA QUE ESPERAR NÃO É SABER.


Não consigo compreender o comodismo da sociedade itapevense quando o assunto versa sobre os descalabros para com a coisa pública. Espanta-me a capacidade das pessoas ignorarem o assunto, seja por aversão à política, seja por qualquer outro motivo alheio –interesses, favores, amizade, medo de represálias -.
Essa desconsideração popular pelos assuntos que envolvem o mundo político de Itapeva faz com que, as pessoas que assumam qualquer espécie de poder junto a administração, cuidem de seus departamentos como extensões de suas propriedades, sem que ninguém saiba ou conteste seus atos. Para tanto, o mau político conta com a certeza de impunidade, posto que, somente através de uma fiscalização séria e isenta, poderiam ser pego com a boca na botija, coisa inexistente por aqui. Temos, também, que esse mau cidadão, estando empossado em cargo público, conta com a conivência de outros, pois sem isso não há como as lesões aos cofres públicos progredirem.
Dessa forma, em minha modesta opinião, se torna incompreensível que um cidadão responsável afirme não querer saber das coisas públicas, ou de fazer parte da vida política de um município. Basta lembrar que, ao se eximirem de participar desse meio, ofertam aos demais a possibilidade de gerirem a coisa pública como bem entenderem apesar de todos os instrumentos de controles garantidos pela lei. Aliás, é consenso no meio jurídico que Leis foram feitas para serem estudadas pelos profissionais que tem, como obrigação, encontrarem as brechas por elas deixadas, preenchendo-as conforme seu entendimento.
Ao escrever este texto, pego-me pensando em como é frágil nossa democracia, pois a partir do momento que o cidadão acha que, ao depositar seu voto em uma determinada pessoas, já cumpriu para com sua obrigação. A democracia é muito mais que isso e, ela requer o envolvimento de toda a sociedade e, como tal, tem o direito de exigir respeito, honestidade e moralidade na gestão da coisa pública.
Não deveria aceitar agrados pré-eleitorais, muitas vezes significando vender seu voto por um favor em época de eleição. O cidadão não pode, nem deve, ter em mente em se aproveitar desse momento. Ao votar em uma pessoa em troca de uma cesta básica, o cidadão está comprometendo sua própria sobrevivência como cidadão. Deveria pensar, antes de pedir um favor ou aceitar um agrado financeiro, que suas necessidades básicas é que devem ser atendidas durante os 4 anos que seguirão e, não apenas naquele momento.
De que adianta votar em alguém, que antes mesmo de ser eleito, se propõe a comprar os votos necessários para assumir algum tipo de poder dentro do município. Pior, a corrupção só existe porque existe quem aceite ser corrompido, portanto, todas as coisas ruins que acontecem em uma cidade têm a culpa do eleito e, a conivência do eleitor, pois ambos se propuseram a fazer da democracia uma forma de tirar vantagens.
Se isso que agora escrevo for lido por uma única pessoa que se proponha a pensar em tudo o que aqui está contido e, disseminar essas palavras de forma a convocar uma maior participação da sociedade na vida política de nossa cidade, ficarei extremamente feliz, pois acredito que só formando uma corrente, elo a elo, poderemos mudar alguma coisa no mundo político, não só de Itapeva, mas desse país.
Somente levantando do berço esplêndido é que conseguiremos nos fazer ouvir e, já passa a hora disso acontecer sob pena de nunca mais conseguirmos nos levantar.
Eu amo esta terra e, por amor a ela convoco você, cidadão itapevense, para se unir a nós do MOVIMENTO ITAPEVA DE MÃOS LIMPAS para essa revolução no mundinho político de Itapeva que, até hoje, é restrito aos mesmos de sempre.
Ouça-me!
Quem cala consente, sempre e sempre.
Vamos cidadãos, esta luta não é minha, é nossa, hoje e sempre.
Vamos fazer essa caminhada juntos.

“Vêm, vamos embora que esperar não é saber;”
“Quem sabe faz na hora não espera acontecer”.

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