domingo, 15 de fevereiro de 2009

JARBAS VASCONCELOS: O PMDB É CORRUPTO


JARBAS VASCONCELOS, 66 anos, 43 anos de política e PMDB, senador, em entrevista concedida a revista VEJA, ataca o partido afirmando: "BOA PARTE DO PMDB QUER MESMO A CORRUPÇÃO".

Acompanhe alguns trechos da entrevista:

"A idéia de que parlamentares usem seus mandatos para obter vantagens pessoais já causou mais revolta. Nos dias que correm, essa noção parece ter sido de tal forma diluída em escândalos a ponto de não mais tocar a corda da indignação. Mesmo em um ambiente político assim anestesiado as afirmações do Senador Jarbas Vasconcelos soam como um libélo de alta octanagem. Jarbas se revela decpconado com a política e, principalmente, com os políticos. Ele diz que o Senado virou ummteatro de mediocridades e que seus colegas de partido, com raríssimas exceções,só pensam em ocupar cargos no governo para fazer negócios e ganhar comissões." - Otávio Cabral.

(Qualquer semelhança com os nossos políticos itavensens é mera coincidência)- destaque nosso.

Veja- O que representa para a política brasileira a eleição de José Sarney para a presidência do Senado?
JB - "É um completo retrocesso. A eleição de Sarney foi um processo tortuoso e constrangedor. Havia um candidato, Tião Viana, que, embora petista, estava comprometido em recuperar a imagem do Senado. De repente, Sarney aparece como candidato, sem nenhum compromisso ético, sem nenhuma preocupação com o Senado, e se elegeu. A moralização e a renovação são incompatíveis com a figura do senador."

Veja- Mas ele foi eleito pela mioria dos senadores.
JB - Claro, e isso reflete o que pensa a maioria dos colegas de Parlamento. Para mim, não tem nenhum valor se Sarney vai melhorar a gráfica, se vai melhorar os gabinetes, se vai dar aumento aos funcionários. O que importa é que ele não vai mudar a estrutura política nem contribuir para reconstruir a imagem positiva da Casa. Sarney vai transformar o Senado em um grande Maranhão."

Veja - O senador renan Calheiros acaba de assumir a liderança do PMDB...
JB - Ele não tem nenhuma condição moral ou política para ser senador, quanto mais para liderar qualquer partido. Renan é o maior beneficário desse quadro político de mediocridade em que os escândalos não incomodam mais e acabam se incorporando a paisagem."

Veja - O senhor é um dos fundadores do PMDB. Em que o atual partido se parece com aqule criado na oposição do regime militar?
JB - Em nada. Eu entri no MDB para combater a ditadura, o partido era o conduto de todo o inconformismo nacional. Quando surgiu o pluripartidarismo, o mDB foi perdendo a sua grandeza. Hoje, o PMDB, é um partido sem bandeira, sem propostas, sem um norte. É uma confederação de líderes regionais, cada um com seu interesse, sendo que mais de 90% deles praticam o clientelismo, de olho principalmente nos cargos."

Veja - Para que o PMDB quer cargos?
JB - "Para fazer negócios, ganhar comissões. Alguns ainda buscam o prestígio político. Mas a maioria dos peemedebistas se especializou nessas coiss pelas quais os governos são denunciados: manipulação de licitações, contratações dirigidas, corrupção em geral. A corrupção está impregnada em todos os partidos. Boa parte do PMDB quer mesmo a corrupção."

Veja - Quando partido se transformou nessa máquina clientelista?
JB - "De 1994 para cá, o partido resolveu adotar a estratégia pragmática de usufruir dos governos sem vencer a eleição. Daqui a dois anos o PMDB será ocupante do Palácio do Palnalto, com José Serra ou com Dilma Rousseff. Não terá aquele gabinete presidencial pomposo no 3º andar, mas terá vários gabinetes ao lado."

Leia mais na Veja desta semana.

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