O Fisiologismo, segundo o Dicionário Aurélio, é a prática política que consiste na obtenção de vantagens e favores políticos em troca de apoio ao governo, seja ele, federal, estadual ou municipal.
A fórmula clássica da cooptação fisiológica consiste em trocar apoio parlamentar por cargos e favores na administração pública.
O expediente parece mais prático e menos complexo. Mas não é. Basta ver a insegurança que precede cada votação. O governante, em tese, tem maioria. Mas, como está assentada em bases fisiológicas, não está seguro de sua consistência. Não sabe, por exemplo, avaliar ainda a extensão dos danos políticos do envolvimento de seus homens de confiança em uma fraude contra os cofres públicos.
O fisiologismo é sempre um salto no escuro – e, além disso, traz para a intimidade do poder personagens que, de uma hora para outra, vão acertar contas com o Judiciário.
É um risco que todos os governantes adoram correr mas, atualmente, essa prática tem sido desmascarada com maior frequência. Ninguém mais está totalmente a salvo.
Dizem, alguns, que sem negociar o governante não conseguirá absolutamente nada. Que se não ceder, ou conceder, os parlamentares não aprovarão seus projetos.
Ora, quanta ignorância!
A verdade é uma só, o fisiologismo prevalece porque é o caminho mais curto para se obter rapidamente o que se pretende. O grande problema do seu uso é o fato de se tratar de uma prática viciosa, que incentiva mais e mais essa indústria de favores sem se importar se esse ou aquele projeto é bom. Corre-se o risco, também, do legislativo se tornar apenas um instrumento nas mãos de um déspota.
Tudo isso nos leva a conclusão lógica do porque de tantos desejarem uma vaguinha no legislativo. Alguns podem até serem ideologistas, mas a grande maioria é fisiologista e, só querem entrar para poderem negociar.
Esta é a verdade e, infelizmente, a sociedade não consegue ver.
O caminho correto seria a isenção dos poderes tão decantada em uma democracia e, infelizmente não é o que se vê. Os projetos do executivo deveriam votados e, aprovados, porque são bons e não porque foram trocados por favores. No entanto, se um projeto bom, que beneficia a sociedade em sua maioria, for vetado pelo legislativo, que fique ao encargo da população julgar e impedir que isso ocorra, pois esta é a obrigação dela.
O sistema que deveria prevalecer é simples: o legislativo fiscaliza o executivo e, a sociedade fiscaliza o legislativo. Enquanto esse sistema não encontrar eco na sociedade, continuaremos a conviver com as práticas hediondas de desvio de dinheiro público, improbidade administrativa, nepotismo e fisiologismo.
Política deveria ser coisa séria e nunca um mercado de negócios, onde o mais esperto leva maiores vantagens como, por exemplo, uma secretaria, um cargo no governo para um chegado, etc.
Vamos revolucionar esse mundinho imundinho da política, mas para que isso aconteça, ela tem que ter início já. Deve começar pelas bases, ou seja, pelos municípios, até atingir o topo da pirâmide.
Com certeza não estarei vivo para ver, mas como sonhador, espero que a geração do meu filho possa ver essa revolução concretizada.
Como diz a música que inspirou uma geração: "QUEM SABE FAZ NA HORA, NÃO ESPERA ACONTECER".
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
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