quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

ALGUMAS ARTIMANHAS PARA SER ELEITO.




Está mais que comprovado que, em nossa região, ainda com resquícios dos tempos dos coronéis, os políticos que se predispõem a vencer uma eleição devem ter tudo devidamente esquematizado:

1º Precisa estar aliado e alinhado com o prefeito;
2º Se possível precisa ter um partido político no bolso do paletó, mesmo sendo filiado a outro partido e, de preferência o mesmo partido do prefeito;
3º Ter, no caso de estar concorrendo a reeleição, conseguido incorporar ao serviço público municipal, um sem números de protegidos;
4º Ter cacife para pressionar o executivo para que financie sua campanha;
5º Ter cabos eleitorais dispostos a tudo para corromper a população, seja por um caminhãozinho de aereia, alguns milheiros de tijolos, sacos de cimento, cestas básicas, etc;
6º ter reservas financeiras, que nem sempre precisam ser suas, pois alguns eleitores acreditam piamente que estão apoiando o cara certo, uma vez que ele têm tanto dinheiro que até dá algum em dia de eleição;

Tendo tudo isso, ele está pronto para encarar o pleito eleitoral, pois com poderes para ajudar e fazer concessões, garante a cada cem votos, ao menos dez.
Tendo um partido político no bolso, ele poderá filiar aqueles protegidos para os quais arranjou uma boquinha e, eventualmente, lançá-los candidatos. dessa forma esses funcionários podem se afastar do serviço público, continuarem a receber dos cofres públicos e trabalharem na campanha do benfeitor. São os famosos candidatos "VOTO ZERO", pois queriam tanto sairem candidatos e confiavam tanto na sua pessoa que nem eles votaram neles. É de arrebentar a boca do balão. E olha que existem jurisprudências ao borbotões por aí decidindo que se trata de criem eleitoral.
O que mais espanta é a justiça local não fazer nada com essas pessoas e, ainda por cima, todos ficarem calados.
Mas nem tudo será assim. Vez por outra dará para atender aqueles pedidos mais modestos, como uma senha para cesta básica, uma passagem para outra cidade, porque o grosso mesmo fica para o dia da eleição.
É ali, na boca de urna, com a complascência dos fiscais, que corre solta a corrupção. Corre de boca em boca que, em cidades pequenas, o voto custa R$ 30,00.
Pior do aquele que compra o voto, é aquele que se predispõe a vendê-lo. É o esquema rabo preso, pois quem se propõe a participar de um crime, dificilmente irá confessá-lo, a menos que...
É ou não é uma barbaridade?
Ninguém vota em uma pessoa porque ele é o melhor candidato, mas porque é o que pode ofertar maiores vantagens.
Com todas essa artimanhas é quase certo que será eleito e nós ficaremos mais quatro anos com cara de bobos. A menos que ele tropece em sua prórpia torpeza.

Teremos quatro anos para acabar com isso e, nas próximas eleições levarmos às urnas cidadão mais politizados e que não aceitem mais os mandos e desmandos dessa cacicada que acha que a cidade é sua.

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