terça-feira, 24 de junho de 2008
A VITÓRIA DA DEMOCRACIA (meu texto no Ita News de 24/06)
Neste sábado último aconteceu a mais esperada das convenções partidárias, a Convenção Municipal do Diretório do PMDB que, em tese, ditaria os rumos das próximas eleições em Itapeva.
Há muito não se via uma convenção do PMDB ser tão concorrida. Presentes no recinto, além de muitos filiados, a imprensa municipal e representantes de diversos partidos, todos, sem exceção, interessadíssimos no que ali seria decidido e o mais importante, estavam presentes todos os membros do Diretório com direito a voto.
Quem acompanha a política itapevense sabia que o PMDB sofria com uma divisão interna, principalmente em sua cúpula, onde alguns membros, extremamente descontentes com o tratamento dado ao partido pelo atual prefeito, não mais queriam a continuidade ao lado de alguém que acreditou que, beneficiando três ou quatro integrantes do diretório em detrimento do restante do PMDB, estaria honrando um compromisso assumido antes mesmo das eleições passadas. Esta ala descontente cobrou por três anos a proposta de governabilidade tão prometida antes das eleições de 2004 e, mesmo assim, jamais foi ouvida.
Nasceu assim, um movimento interno, liderado por Flauzino Neto e que contou, no início, com o apoio de alguns antigos e influentes membros integrantes do diretório municipal. Entre eles, dois nomes se destacaram, Airton Miranda que não mediu esforços para que esse movimento se propagasse entre os demais filiados, antigos e novos, e Orlando Antunes, presidente do PMDB de Itapeva, que decidiu se engajar na luta quando algum insensato da ala que apoiava o atual prefeito decidiu que, a forma de tentar esvaziar o movimento seria atacar Flauzino Neto, mas não em suas idéias e ideais, mas como ouvi de uma autoridade vizinha: em seu bolso.
Foi assim, gentilmente, que Flauzino teve várias de suas aulas em uma Faculdade local cortadas. Realmente o atingiram, pois, no pouco tempo de convivência que temos, pude sentir que Flauzino ama o que faz. Adora lecionar e, a dor maior não foi de se apertar financeiramente, mas de diminuir seu contato com aqueles de quem tanto se orgulhava, seus alunos.
Mas, mais uma vez o efeito desejado por alguns teve o efeito contrário. Mais forte que nunca, apoiado pelos amigos, segurando a indignação, o grupo se estabilizou. Cooptou definitivamente a simpatia nesta luta de seu pai, Orlando Antunes, que em conversa particular com este colunista confessou estar profundamente magoado, pois em política não se mexe com família.
Do outro lado, favoráveis a continuidade do apoio ao atual prefeito, estava a ala liderada por Ariberto, Monteirão, João Monteiro e o secretário que responde pela pasta de esportes, Jefferson Modesto.
Finalmente, as 13h35, foi oficialmente aberta a Convenção do PMDB Itapeva.
Não posso me furtar em dizer que tudo transcorreu em uma paz estonteante. Ameaças feitas na véspera, ao menos em público, em nenhum momento ocorreu. Muito menos, provocações de parte a parte tão confiantes estavam as duas alas.
Foram duas horas de votação e, por volta das 16h, as urnas começaram a serem abertas, na seguinte seqüência: Coligação majoritária, indicação do Vice-Prefeito, Coligação proporcional e indicação dos candidatos à vereança.
Por 27 votos a 17, o PMDB decidiu pela coligação majoritária com o DEM;
Por 29 votos a 15, o PMDB indicou o nome de Flauzino Neto para vice-prefeito na composição;
Por 25 votos a 19, O PMDB decidiu pela coligação proporcional com o DEM (aqui cabe uma ressalva. A coligação proporcional, segundo Resolução do TSE, é, obrigatoriamente vertical, ou seja, só é possível nos mesmos moldes da coligação majoritária);
Foram indicados os 7 candidatos para lutar por uma cadeira no Legislativo Municipal (Junior Guari, Bolacha, Pezão, Adilson Miranda, Sérgio Ruivo, Pita e Ney)
Alegria de uns, decepção de outros, mas a grande vencedora do embate interno do PMDB foi a DEMOCRACIA.
Nota do autor – este colunista nunca escondeu o lado que estava apesar de tão pouco tempo de militância junto ao PMDB. Acima de qualquer outra coisa, me tornei um peemedebista, não de carteirinha, mas de pele e de coração e, é esse retorno que espero dos demais peemedebistas.
O partido acima de tudo!
A partir de hoje veremos quem é peemedebista de verdade.
Takeyuti Ykeuti Filho.
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