Graças a acontecimentos que afetam a economia mundial, como a seca na Austrália e o aumento de consumo na China, os preços dos produtos agrícolas, principalmente grãos, deram um salto em nosso país, melhorando a economia e a vida da população. Em Itapeva essa melhoria se faz notar em todos os níveis da sociedade, uma vez que nossa região é grande produtora de grãos.
Tomara que Itapeva possa aproveitar este novo tempo de oportunidades com ações ousadas buscando todos os recursos possíveis e “quase impossíveis” dos programas do Governo Federal, Estadual e com muitos projetos na área Municipal direcionados ao desenvolvimento sustentável e promoção do cidadão.
E daí, as perguntas:
O que fez a Administração Municipal para aproveitar esse momento auspicioso de demanda agrícola a fim de acelerar o desenvolvimento de nossa cidade?
O que foi feito para facilitar a instalação de empresas com incentivos fiscais a fim de agregar valor aos nossos produtos?
Por que ainda não temos um recinto destinado a feiras e exposições? Cidades da região como Avaré e Itapetininga, há tempo possuem parques para as suas exposições e eventos de grandes portes ao contrário de Itapeva, que empresta terrenos particulares para acomodar o povo na poeira e na lama, conforme o sabor dos ventos.
E os programas de expansão agrícola para os pequenos e médios produtores?
E quanto a outros setores:
Cadê o Hospital Regional?
O Teatro Municipal, o Pilão D´água e a Fatec?
Como ficou a 16ª Região Administrativa?
E os novos cursos da Unesp? O único em vigor já não é mais semestral, o vestibular passou a anual. Será que esse curso não vai acabar como algumas empresas que encerraram atividades em nossa cidade por inércia do poder público municipal?
Por que ainda não se fez a reurbanização da Avenida Acácio Piedade? Incluindo, aí, a ciclovia até o Bairro Bela Vista. Existe verba para isso no Governo Federal, basta apresentar projeto adequado e ter força de vontade política.
Cadê as incubadoras de empresas?
O estádio de futebol, quando é que se vai terminar? Capão Bonito, Itararé, Itapetininga têm times de futebol na série B do Campeonato Paulista. E Itapeva?
E um ginásio de esportes do tamanho da nossa população? É vergonhoso o público ter de assistir aos jogos de futsal por telão, na rua.
A falta de um Matadouro Municipal aumenta o risco de doenças derivadas na inadequação do abate, isso é uma vergonha para nossa cidade.
E o Aterro Sanitário? É um absurdo que continue ameaçando a saúde pública. Falta apoio às associações leiteiras e de produtos orgânicos, faltam carrinhos e condições condignas aos catadores de lixo.
E o treinamento para os profissionais da saúde a fim de atuar com eficiência, buscando sanar as causas de doenças, trabalhando bastante com prevenção?
Onde está o programa “Redução de danos” que tem recurso do governo federal para prevenção de drogas?
Cadê o Tiro de Guerra?
Por que não se concede incentivo fiscal para o distrito industrial?
O que se tem feito pelo programa Primeiro Emprego?
Por que o Portal Transparência está encalhado há quase um ano?
Por que não faz capacitação para Frente de Trabalho e para outros segmentos da comunidade?
Falta ensino técnico na rede de ensino (não existem projetos).
Várias secretarias perderam recursos por falta de documentação e por falta de projetos.
Nada se tem feito para prevenir a insalubridade para funcionários do Programa Saúde da Família e para os profissionais da coleta de lixo.
Mercado do Produtor – faltam subsídios para agregar valor aos produtos.
Precisa incentivar a adoção de universitários e bolsa de estudos.
Falta saneamento básico e pavimentação em bairros populosos da zona rural.
Aqui destacamos o básico para melhorar a qualidade de vida da população de Itapeva, ressaltando a falta de prioridade para o setor de saúde em que até o raio-x está quebrado faz muito tempo, além de faltarem equipamentos fundamentais para o bom desempenho profissional, até coisas corriqueiras como papel para receituário e eletrocardiograma, inaladores, remédios, lâminas para o teste papa-nicolau, faltam médicos e enfermeiras, a saúde à beira do caos.
O que mais surpreende e causa indignação é que, conforme está sendo amplamente divulgado nos meios de comunicação (pagos com nosso dinheiro) existe muito recurso nos cofres da Prefeitura. Isso demonstra o desapreço do prefeito para com o bem-estar da população, senão a qualidade de vida do cidadão seria uma das prioridades e nunca deixada em último plano. Manter superávit financeiro à custa do sofrimento humano é ser insensível demais.
Varrer rapidamente a cidade com praças e uma fina capa preta de piche, usando verbas do orçamento encaminhadas pelo Deputado Federal Arlindo Chinaglia do PT, não demonstra uma boa capacidade de administrar. Pagar o salário dos funcionários em dia é obrigação de quem tem responsabilidade sobre os deveres e direitos do homem público e do cidadão, não há mérito algum nisso. É prerrogativa para o homem público.
Nunca foi sensato aproveitar época eleitoral para acelerar serviços e ações que poderiam ser mais bem executados seguindo critérios técnicos mais apurados, como não pavimentar ruas sem as calçadas e galerias para não perder serviço e material, pagos com dinheiro do contribuinte. O pior disso tudo é apenas recapear as ruas em pleno ano de eleições, sem ao menos conhecermos a durabilidade desses serviços. E, parafraseando o nosso presidente Lula, nunca antes na história da nossa cidade foi gasto tanto dinheiro público em propagandas e publicidades por um só prefeito. Páginas inteiras de jornais, placas infinitas espalhadas por terrenos sinuosos e inserções caríssimas repetidas incessantemente pela TV, “muito marketing representa a pouca consistência de um produto”, ensina os especialistas em mídia. Ninguém agüenta mais tantas promessas eleiçoeiras não cumpridas, tantos boatos e calúnias com o intuito de ganhar votos. É preciso implementar atitudes que gerem desenvolvimento sustentável, que garantam mais EMPREGOS E QUALIDADE DE VIDA.
Espera-se que, brevemente, Itapeva passe a viver tempos de progresso e oportunidades para sua gente com ações ousadas e aproveitamento de todos os recursos possíveis do Governo Federal e Estadual.
Queremos ainda lembrar que os princípios mais importantes de uma gestão pública empreendedora são:
• Resultados positivos;
• Autonomia e responsabilização;
• Construção de boas parcerias;
• Trabalho em rede;
• Gestão da informação;
• Transparência;
• Diálogo público e avaliação.
Por tudo isso que expusemos aqui é que acreditamos que Itapeva mereça uma gestão pública mais empreendedora com atenção voltada para o bem-estar do cidadão.
Que nossos objetivos sejam determinados, ousados, e que para consegui-los seja feito bastante trabalho que traga resultados eficazes, reais de desenvolvimento que serão aproveitados por todos nós amanhã.
Terezinha
segunda-feira, 23 de junho de 2008
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