segunda-feira, 2 de junho de 2008
SE O TELHADO É DE VIDRO....
Nunca neguei que voltei para Itapeva há pouco mais de quatro anos, mas isso não dá o direito a ninguém de questionar meu amor pela Cidade. Não dá razão á ninguém de questionar meu direito de cidadão em cobrar que se olhe com maior carinho para ela, pois o daquele termina quando o meu começa. Não dá o direito de afirmarem que “nem bem chegou à cidade e já quer resolver os problemas”.
Minha resposta para essa afirmação tem como fundamentação minha bandeira e minha luta em tentar fazer com que, os homens públicos locais, façam por meus conterrâneos um algo mais, algo mais próximo daquilo que fazem para si próprios e em detrimento do restante da população.
A afirmação é de uma ignorância tamanha que nem mereceria resposta. Mas como a deixa foi dada, cabe aqui afirmar que, antes ver em pouco mais de quatro anos, todos os erros cometidos por esta e por administrações anteriores, que permanecer cego por mais de 40 anos.
Vem-me a mente, guardadas as devidas proporções, a célebre frase de John Fitzgerald Kennedy: “Não pense naquilo que seu país pode fazer por você, mas no que você pode fazer por seu país”.
Afirmar que, daqui para frente, o lema a ser seguido será o do “bateu, levou”, depende muito de quem vai bater. Para bater é necessário olhar para seu próprio passado, pois somente aquele que nada tem a esconder, somente aquele que procurou pautar sua vida pela honestidade, pela hombridade, pode ter razão em discorrer sobre a vida de outrem.
Ao querer diminuir alguém, é preciso ter em mente todos os erros que cometemos no passado. Se o que temos hoje, não foram frutos de nossa exploração à terceiros. Para que se ataque alguém com palavras mais ofensivas, é preciso que uma pessoa olhe para trás e não veja mácula em seu passado. Não tenha se envolvido em falcatruas, não tenha explorado ninguém e, o mais importante, não tenha enriquecido tirando dos necessitados.
Essa espécie de Robin Hood às avessas, que tira do pobre para se enriquecer ainda mais, que se acha amparado pela posição social que ocupa, que se acha dono daquilo que não possui e, pior, se acha respeitado, encontra-se em extinção por essas paragens.
O viúvaldino que ameaça, um dia terá que acertar suas contas com Deus. A natureza não perdoa, ela é incremente. O tempo é cruel, não pára e, a vida, ah a vida, vai passando e, chegando ao seu derradeiro momento e quando ela se esvair de nosso corpo, o acerto de contas estará por vir.
Portanto, antes de jogar pedras para cima, precisamos verificar se nosso telhado não é de vidro. Se o golpe desferido não se tornará em contra golpe capaz de nos ferir, moralmente falando, de morte, pois morrer moralmente é o mesmo que morrer em vida.
Portanto, ameaças verbais só devem e, podem, serem proferidas por pessoas que possuam um elevado status moral e caráter ilibado, correndo-se o risco de, mais uma vez, o passado negro vir à tona e, nos tragar para o limbo.
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