sexta-feira, 3 de abril de 2009

CARTA ENTREGUE AO PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE ITAPEVA.

o TEOR ABIXO FAZ PARTE DE UMA CARTA ENTREGUE POR ESTE BLOGUEIRO AO PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE ITAPEVA, VERADOR PAULO DELARUA:



Excelentíssimo Sr Presidente da Câmara dos Vereadores de Itapeva.

Digníssimos componentes da Mesa Diretora, Srs Vereadores, Vereadora Áurea.

Senhoras e senhores:


Venho perante esta Casa de Leis externar minha preocupação, como cidadão e não representante de um partido político, em relação a disseminação da febre amarela silvestre em nossa Região.
Por mais que afirmem os responsáveis pela área da saúde que tudo está sob controle, não podemos nos dar ao luxo de correr atrás da doença após ela ter se instalado. Precisamos trabalhar, e seriamente, na sua prevenção.
O recente surto da febre amarela teve origem na região de Botucatu e vem se alastrando por nossa Região, paulatinamente.
Segundo dados do dia de ontem da Secretaria Estadual de Saúde, já são 18 casos confirmados, com 8 óbitos, mais 4 casos em investigação sendo que ocorreram 2 óbitos e, ao menos, um deles ocorrido no município de Itapeva.
Ainda segundo a Secretaria, na Região Sudoeste já são 29 casos e 10 óbitos, sendo que o primeiro caso constatado ocorreu em 22 de Fevereiro e o último em 22 de Março. Dos casos em investigação, o último se deu em 23 de Março, portanto pouco mais de uma semana atrás.
Mais uma vez friso que não me dirijo a esta Casa do Povo como um ente político, como oposição, mas como cidadão e, como tal, me sinto no direito de cobrar que os responsáveis pelo Município dêem início ao trabalho de prevenção para evitar que essa doença adentre por nossas divisas, vacinando e cadastrando a população, como medida preventiva.
A Secretaria Municipal de Saúde possui em seu estoque 600 vacinas contra a febre amarela, portanto, capaz de imunizar menos de 10% da população, o que em tempos de propagação da doença, é um risco desnecessário, devendo, em minha modesta opinião, solicitar junto a Secretaria Estadual de Saúde, a quantidade necessária para se promover uma Campanha Municipal de vacinação contra a Febre Amarela.
Devemos lembrar que, o mosquito transmissor desse tipo de febre amarela é impossível de ser combatido uma vez que, fazem parte da natureza e são seres silvestres, ou seja, a febre amarela que temos hoje é transmitida pelo mosquito comum e, por esse motivo se dá com maior freqüência nas áreas rurais.
Nas cidades, o grande responsável pelos casos de febre amarela, é o aedes aegypts, o mesmo mosquito transmissor da dengue. Os riscos são de que a doença causada pelo mosquito silvestre seja absorvida pelo Aedes Aegypts e venha ampliar o número de casos.
Vale lembrar, também que, essa última espécie de mosquito é muito mais resistente que o silvestre e, por esse motivo que estranhamos o fato de, em Itapeva, até hoje, não ter sido elaborada uma ampla campanha de combate ao aedes aegypts, com visitas e orientação por parte da vigilância sanitária e secretaria de saúde.
Não podemos nos esquecer que estamos em véspera do feriado da Páscoa e, que muitos itapevenses podem pretender aproveitá-lo nessas áreas de risco, como Avaré, Itaí, Taquarituba, Paranapanema, Santa Bárbara, entre outras cidades em busca de lazer o que, ampliam as chances de se importar mais rapidamente a doença, posto que mesmo as pessoas que recebam hoje a vacina não estarão imunizadas, pois a mesma requer 10 dias para ter a imunização necessária.
Nesse sentido, a orientação seria para que as pessoas que não receberam a vacina, ou a receberam a partir desta data, não usufruam deste feriado de Páscoa nas áreas de risco. É preferível não aproveitar este feriado e ter muitos outros para aproveitar que correr, desnecessariamente, este risco.
Já diziam os antigos: “COM SAÚDE NÃO SE BRINCA”.
Quase todos os aqui presentes são pais de família e, com certeza temem por seus filhos, mas devemos temer também pelos filhos dos outros, pois somos filhos do mesmo Pai e, sob esta ótica não gostaria de ver nenhum pai, mãe, filho, parente ou amigo chorando a morte de alguém por uma doença que pode ser prevenida.




TAKEYUTI YKEUTI FILHO.

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