Nasci em Itapeva, mas aos 9 anos de idade meus pais se mudaram para Sorocaba. Vez por outra vinha para Itapeva e em 1977 voltei para cursar a Escola de Minas. Confesso que não me dei muito bem e acabei desistindo. Voltei para Sorocaba e, contruí ali, uma passagem de minha vida. Me casei, me divorciei dez anos depois, me formei em direito e, sonhava prestar concurso para delegado da PF.
No entanto, a vida tinha outros planos para mim.
Em 2003 conheci Marisa, nos apaixonamos e, três meses depois, no dia de meu aniversário (28/12) recebi e maior presente de minha vida: seria Papai pela pimeira vez. Mais que nunca, pensei eu, devo me empenhar para dar-lhes uma vida digna e tranquila e, após um convite para voltar para minha terra natal, decidimos vir para Itapeva.
Confesso que tinha milhões de dúvidas a respeito da readaptação e de abandonar o sonho da carreira que o direito me abria. Por outro lado não podia me furtar em dar aos meus a segurança que tanto mereciam e, em Abril de 2004, desembarquei de mala e cuia.
A vida, no entanto, decidiu ser madrasta e me testou aos extremo, tirando de minha vida a mãe biológica de meu filho. Após uma luta ingrata contra um câncer, Marisa partiu dessa vida, não sem antes me dar o filho que prometera me dar. Dois meses e meio após dar a luz ao Tazinho, ela partiu.
Foi a pior época da minha vida. Não tinha plumo, perdi o equilíbrio e o objetivo de vida que só foi resgatado devido a um problema de saúde que acometeu meu menino.
Decidi fazer dele meu objetivo de vida. Decidi ser "Pãe" e criá-lo para ser um grande cidadão.
Dizem que depois da tempestade, vem a bonança e, a vida mostrou que isso era uma verdade. Colocou em minha vida e, na do Tazinho, uma mulher maravilhosa que nos adotou e nos cuida, com muito zelo e amor. Uma mulher que me apoia em tudo, me confortando nas horas ruins e me dando ânimo para prosseguir.
Sempre comentava com ela que Itapeva havia mudado pouco em todos os anos que estive fora e, passei a reparar na forma como essa terra maravilhosa era mau tratada pelos homens responsáveis por ela.
Como nunca havia militado na vida política, apesar de crítico dos atos dos políticos, não pensava de forma diversa de muitos outros cidadãos: é um mundo de sujeira e, gente honesta não se dá bem neste mundo.
Com o passar dos meses fui notando que o povo, para os homens que comandavam Itapeva, era apenas um detalhe, pois manso e calmo, se asemelhavam ao gado e se deixavam conduzir.
Mas ir para onde? Com quem? Quem apoiar? Onde eu encontraria pessoas que pensassem como eu, achando que é possível revolucionar o mundo?
É o que vou narrar a seguir.
sábado, 21 de março de 2009
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