segunda-feira, 15 de setembro de 2008

1.000 CARGOS EM CONFIANÇA.

Com certeza irão explorar o fato de escrever sobre esses assunto. Um dia irão afirmar: "Vejam bem, ele é um desses que quer te ver desempregado. Então, tome cuidado com o candidato que ele apoiar".
Mas, cá entre nós, 1000 C.C. é muita coisa.
Tudo bem que é função do Estado distribuir riquezas, vejam bem, distribuir riquezas, mas não dessa forma. A função do Estado em distribuir riquezas deve, necessariamente, atender o princípio da isonomia, impessoalidade e imparcialidade, sob pena de em, não o sendo, ofender os princípios da moralidade e probidade.
Os cargos de confiança são, por si só, uma afronta, já que dão ao detentor do poder de nomear quem desejar. Tudo bem se fossem 100, mas são 1000, e isso naõ é pouca coisa.
Cargos em comissão e em confiança, são disputadíssimos uma vez que, nem sempre o investido irá trabalhar obrigatoriamente. Basta ser ligado a alguém que tenha certa influência e pronto, lá vem uma boquinha. E que boquinha.
na maioria das vezes, salvo acordos, dura apenas quatro anos para o escolhido, já para o cidadão comum esses quatro anos parecerão uma eternidade.
Vamos fazer umas continhas. Se cada um desses cargos pagarem R$ 900,00 (correspondem a 10 bolsas famílias), cargos em confiança e em comissão, custam aos cofres municipais algo próximo dos R$ 900.000,00 por mês (10.000,00 bolsas famílias).
Alguém ja pensou nisso? Você eleitor, já pensou nisso.
A quem interessa tantos CC's? Interessa ao homem que detém o poder, pois eles, quando em época de eleições, ou, até mesmo durante o mandato, tornam-se moeda de troca.
Mas, puxa vida, 900 mil pilas por mês...Meus amigos, isso dá R$ 10.800.000,00 (120.000 bolsas famílias), isso mesmo dez milhões e oitocentos mil por ano...43.200.000,00 em quatro anos...Dava para transformar essa cidade se investido em infraestrutura, saneamento básico, revitalização...
Mas isso, isso já é pedir demais.
Aquele que está, não quer sair. Aquele que está fora, torce para entrar.
Enquanto isso, o cidadão comum, o funcionário concursado, vai sobrevivendo com salário mínimo.
Haja Justiça!

Ia me esquecendo da Câmara dos vereadores, mas isso já é outra história, mas com os mesmos caracteres.

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