Porque eles são, ao menos em tese, os reponsáveis pela fiscalização dos atos do prefeito.
Porque são eles os responsáveis pela elaboração de leis que visem o benefício da maioria.
Um vereador não pode ser lacaio de prefeito. Um vereador deve ter opinião própria e nunca ficar pedindo a benção ao prefeito, como fizeram os componentes dessa última Câmara Municipal, pois isso é um escárnio para com a sociedade.
Portanto, pense bem antes de votar.
Se você, eleitor, é adepto de que um vereador deve cuidar de coisas como arranjar uma vaga nas escolas, consulta médica, uma cirurgia ou uma casa popular, saiba que você é o grande incentivador para que surjam mais e mais candidatos a se utilizar do assintencialismo para se agarrar ao poder. Essas coisas são DIREITOS DO CIDADÃO e, nenhum vereador vai resolver seus problemas. Cabe a você mesmo botar a boca no trombone e exigir que eles cumpram com aquilo para o que foram eleitos.
Você sabia que só 10,7% dos vereadores trabalham visando cumprir com as obrigações de um vereador? Só esse percentual discutem de forma séria, o planejamento das cidades, fiscalizam os serviços públicos e os atos do executivo municipal. A grande maioria é adepta do clientelismo e do assistencialismo.
Assim não há município que sobreviva.
Conforme artigo de Fernando Abrucio (Revista Época), vários vícios dos nossos políticos começam na relação que nós eleitores estabelecemos com os candidatos na época de eleição. Esse tipo de relacionamento é que nos leva cada vez mais a desacreditar nos políticos.
São dois tipos de escolha que alimentam essa descrença na classe política:
1- O paternalista - clientelista, ou seja, aquele que vincula os votos a esperança da defesa de seus próprios interesses imediatos. Como exemplo temos, em uma versão ligth, aquele político que será aprovado se garantir um posto de saúde, uma linha de ônibus, as vezes a instalação de um orelhão para sua clientela. Na versão hard, os representantes da casa do povo municipal serão eleitos, ou reeleitos, se oferecerem uma benesse maior e, mais palpável, ao eleitor, como um emprego público.
Em ambos os casos, quem sofrerá o prejuízo, por esse tipo de realacionamento será a sociedade como um todo e, aí se incluí o feliz eleitor beneficiado.
2- Outra espécie de escolha é ado "desinteressado por política". É o fatalista, aquele que acha que seu voto não mudará nada e, por isso, não se informa a respeito dos candidatos e acaba por votar, neste ou naquele, apenas porque um amigo pediu, ou então vota em um candidato qualquer apenas para protestar contra o sistema.
Essa forma de votar é que torna a perspectiva fatalista em realidade.
essas duas espécies de eleitores são alimetados pela forma de atuar de grande parte dos políticos. Na disputa para vereador é comum usar da prática tradicional das barganhas localistas (bairros) e personalistas (emprego público). Já na disputa para prefeito o que predomina são as promessas sem fim e, nos casos de reeleição, de obras de última hora que, muitas vezes levam os eleitores que se enquandram nessas categorias, a manterem por quatro longos anos, aproveitadores e oportunistas no poder.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Escolha bem seu vereador, ele é tão importante para sua cidade quanto seu prefeito.
Se nós elegermos uma Câmara atuante, nenhum prefeito passará impune se governar mal.
A Câmara dos Vereadores deve ser a garantia popular contra os mandos e desmandos do déspota e, não a garantia que poderá ser um.
Agora se você quizer ficar na mesmice, fazer o que?
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
o que que isso meu deus isso ai é grande demais
Postar um comentário