terça-feira, 8 de julho de 2008
FELIZ ANIVERSÁRIO, MEU FILHO.
MEU FILHO, MINHA VIDA.
Há quatro anos atrás você veio iluminar meu mundo. Foi uma caminhada dura, sofrida e que deixaram marcas profundas, mas o tempo e a luz que você trás em si, se encarregam de cicatrizar as feridas daqueles tempos.
Méritos teus, meu filho. E de vocês duas, Mães de meu filho.
Não há como falar de sua vinda sem homenagear a Mãe que sacrificou sua vida para trazê-lo ao mundo. Não há como falar em você sem prestar homenagens a sua Mãe do coração. Uma te protege no Céu, a outra se encarrega de protegê-lo aqui, neste plano.
Por isso, meu filho, teu pai sabe que tem uma missão enorme para com você, para com a sua educação, para com o seu caráter. Você não veio ao mundo a passeio, você veio porque sua missão é importante e estamos em débito para com esses dois anjos que cuidam de nós.
Só existe uma palavra que possa explicar tua existência: Amor.
Sim, filho, você é fruto do amor, um amor enorme que foi capaz de trazê-lo a vida as duras penas. Quantas e quantas vezes papai pensou que nunca iria tê-los nos braços. Quantas e quantas vezes, quando ainda estava no ventre de sua Mãe, papai temeu por sua vida e pela dela.
Foi por isso, filho, que o papai fez poucos carinhos na barriga da Mamãe. Papai foi covarde e evitava fazer carinhos na barriga da Mamãe. Existia nele um pavor enorme de perdê-los e, para auto proteção evitava te fazer carinhos. Se existe uma dor que nunca se apagará, será esta, a de ter sido fraco, quase um covarde.
Quando você veio ao mundo, em uma noite de quinta-feira, meu coração batia de forma desordenada. Minha mente me pregava peças, trazendo um milhão de dúvidas. Você nasceria bem? Sua Mãe ficaria bem? Após todo aquele sofrimento pelo qual vocês passaram, haveria alguma seqüela para um ou para o outro? Como seria se algo de errado acontecesse com vocês? Como seria minha vida sem vocês?
Quantas dúvidas sem respostas até meu telefone tocar e o médico me acalmar ao dizer que vocês dois estavam bem e que poderia subir para a UTI neonatal para vê-lo. Lá fui eu, com o coração aos sobressaltos, sem saber ao certo se tudo aquilo era realidade.
Ao saber que havia nascido respirando normalmente, meu coração se acalmou para dar lugar a uma ansiedade para vê-lo.
Meu filho, quando meus olhos pousaram em você pela primeira vez, meu coração pulava de felicidade. Até que você era compridão para um menino de sete meses, mas era tão magrinho, com um olhar triste que parecia penetrar minha alma e poder ler o que ia por ela.
Quando grudou no meu dedo naquela noite, minhas dúvidas dissiparam-se, você ficaria bem. A partir desse momento soube que você se recuperaria e iria crescer saudável, inteligente e amoroso.
Um mês e meio depois, você saiu da UTI e foi para casa. Tua Mãe, uma semana depois, também foi para casa e passamos a nos preparar para o tratamento quimioterápico dela.
Não houve tempo para isso e, da última vez que a vi ainda em vida, recordo-me de suas lágrimas ao ver sua foto. Tua Mãe foi uma guerreira. Lutou até o último instante e nos amou demais. Devemos honrá-la todos os dias de nossas vidas e, ter a certeza que ela estará olhando por nós sempre.
Teu olhar tristonho ficou no passado, graças a tua Mãe de coração. A esta Mãe, meu filho, você deve respeito, honra e amor. Foi esta mulher, que um dia apareceu em nossas vidas para ajudar a cicatrizar as feridas, que colocou a alegria em nosso olhar. Portanto, agradeçamos sempre a Deus, independentemente da dor sofrida, poder tê-las, um dia, em nossas vidas.
Hoje, você completa quatro anos de vida e, eu não poderia deixar de homenageá-lo.
Quero abraçá-lo bem forte, beijá-lo um montão de vezes antes de agradecê-lo por trazer luz a minha vida, por ser o meu herói, meu filho e minha vida.
Takeyuti Neto, Tazinho, Tatá, parabéns pelo seu quarto aniversário filhão. Que teu sorriso possa iluminar teu caminho e, que teu pai, possa moldá-lo em um homem íntegro e honesto.
É só o que peço a Deus neste dia.
PAPAI.
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