segunda-feira, 21 de setembro de 2009

MINHA COLUNA DE SEXTA NO ITA NEWS (18/09/2009)

ALIVIAR PARA QUÊ, QUANDO SE TEM RAZÃO?


Sempre procurei ser transparente em minhas opiniões e, elas, certas ou erradas, pertencem à mim e, por elas sou totalmente responsável.
É dessa forma que sempre procurei me expressar através do espaço que me foi dado pelo meu amigo Kiko Carli em seu bem sucedido Ita News e, a quem agradeço de coração poder fazer parte dessa família jornalística.
Talvez poucos se recordem, mas neste mês de Setembro comemoro, em meu íntimo, o prazer de completar um ano escrevendo esta coluna. Uma coluna que sempre buscou, além de emitir minhas opiniões sobre a vida pública, informar o leitor a respeito da forma muitas vezes, arcaicas, de se fazer política em nossa cidade e região.
No entanto, nunca fui de escrever de forma especulativa ou então, com a intenção de denegrir a imagem de um ser humano. Neste ano que passou, se alguém se sentiu atingido por minhas palavras, pode ter certeza que elas não se referiam ao ser humano, ao pai, a mãe, ao filho. Elas se referiam ao homem público, àquele que fez de seu trabalho um motivo para se expor aos dissabores dos erros e aos louvores dos acertos.
Este mês, ao completar um ano de casa escrevendo a coluna Periscópio posso tranqüilamente afirmar que, nunca escrevi uma linha sem que tivesse pesquisado e documentado os assuntos nela tratados. Acredito que os jornais podem e devem ser responsáveis pelas informações que veiculam, posto que são formadores de opinião e uma arma importante para o esclarecimento popular.
Muitas vezes ouvi reclamações a respeito da forma como que escrevo, ou seja, de que não alivio para ninguém. Mas saibam que, sempre me perguntei, todas as vezes que sento em frente ao computador, se estarei fazendo um bem ou um mal ao explanar sobre um determinado assunto. Procuro antecipar um balanço da força que minhas palavras podem exercer sobre este ou aquele personagem público e, sobre as conseqüências que elas podem me trazer no trato para com os mais próximos, pois muitos daqueles aos quais considero e, que tenho em meu coração, podem entender de forma diferente, afinal podem manter laços de família ou amizade com a pessoa citada em meus escritos.
É, realmente, eu não alivio quando tenho certeza de ter ao meu lado a razão e, jamais irei escrever alguma coisa que não esteja fundamentada nela. Este é meu jeito de escrever e, ao contrário do que dizem por aí, não sou, nem quero, ser visto como um clone do SPC, pessoa que tem o meu respeito e, exatamente por esse motivo, não me considero nem próximo do seu significado como colunista político.
Talvez, a grande diferença seja exatamente essa, SPC é um colunista político e, eu, um político colunista que não alivia para ninguém, quando tenho razão.


O POLÍTICO COLUNISTA.

Exatamente por me considerar um político colunista é que me mantenho fiel aos meus princípios políticos (honra, dignidade, ética).
Por muitos anos me mantive avesso ao envolvimento político de forma clara e direta. Era mais fácil e simples emitir opiniões, criticar, elogiar, exigir honra e ética na política, sem ter que meter as mãos nessa cumbuca infestada de vespas.
Um dia, nem me lembro quando, decidi que era passada a hora de me envolver diretamente se é que pretendia lutar contra o formato instituído de fazer política neste país e posso afirmar que descobri que, dependendo dos princípios, da comunhão de idéias e ideais, a política pode e deve ser uma coisa boa. Principalmente se ela se voltar para a sua verdadeira razão de ser e existir: procurar os meios para atingir um bem maior, ou seja, o beneficio da maioria.
Foi para isso que me envolvi na política. Para tentar mostrar que a política se resume em servir a todos e não o em se servir dela. Ela não pode ser usada como objeto de troca, de benesses ou favorecimentos individuais e, para que isso mude, mais que nunca, é preciso mudar a nós mesmos. É preciso tirar a trave dos olhos, encher o peito e enfrentar os poderosos, sem receio de retaliações, sem baixar a cabeça. Eles, mais que ninguém dependem de nós e, não o contrário. Quando iremos aprender isso?.
Mais que discordar de determinados assuntos, um político tem que ter princípios, a firmeza e, a coragem para enfrentar seu próprio grupo se isso for necessário. Dizer que não concorda com certos atos e, calar, é o mesmo que negar sua própria existência nesse meio.
Acredito piamente que, em política, assim como na vida, é preciso ser quente ou frio, jamais morno, sob o risco de ser vomitado. É preciso se posicionar, ser corajoso para enfrentar as adversidades, não se deixar abater nunca pelas armadilhas existentes nesta estrada e caminhar, um passo após o outro, em busca de dias melhores para todos.

ALVARÁS E RENOVAÇÕES.

Diversas empresas de Itapeva têm encontrado uma certa dificuldade em renovar seus alvarás de funcionamento junto à prefeitura em face de falta do certificado de aprovação do local por parte do Corpo de Bombeiros, como prevê a Lei estadual.
As exigências, em se tratando de lei, devem ser atendidas, mas em alguns casos a prefeitura tem sido intransigente. Se formos fazer uma vistoria geral, mais de 70% dos prédios comerciais de Itapeva não atenderão a legislação. Incluo aí, diversas repartições públicas que, se vistoriadas, também estão irregulares.
No entanto, achamos que o bom senso deveria prevalecer. Não se deve simplesmente fechar esse ou aquele comércio, apesar do poder discricionário do executivo municipal. O melhor caminho seria assinar um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com os comerciantes, concedendo-lhes um prazo (1 ano, por exemplo) para que façam as obras necessária, transferindo-lhes, durante esse período, toda e qualquer responsabilidade civil e criminal em caso de algum acidente.
Assim, ninguém sai prejudicado e, o comércio agradece.

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