Alguns irão tentar usar essas minhas palavras de forma contrária, mas sou um cidadão que vê com olhos preocupados essa interdependência criada por nossos políticos para amarrar nossos cidadãos.
Tenho acompanhado de perto as sessões da Câmara Municipal e ouvido as inumeras reclamações dos vereadores em relação ao atendimento ao público. Muitas pessoas procuram o legislativo em busca de socorro, coisas que são obrigações do poder executivo, de quem gerencia o município.
Neste atendimento assistencialista, o legislativo acaba por deixar de lado suas verdadeiras funções que são as de criar leis, fiscalizar os atos do executivo e propor melhorias.
Mas, só conseguiremos mudar isso se tivermos consciência de que nós precisamos mudar.
Assistir a população é função do prefeito em exercício. Ele é a pessoa capaz de mudar o destino das pessoas durante seu(s) mandatos, mas para isso, é preciso disposição, trabalho sério e uma equipe competente.
Tenho pregado que é passada a hora de mostrarmos a força de nossa cidade e região. Temos condições de elegermos os filhos dessa terra e, quando voltei para ela, não consiguia compreender o porque de não termos a representividade que mmerecemos.
Passados quase seis anos de meu retorno, eu que havia vivido minha vida alheio ao envolvimento político -apesar de crítico- pude notar que, por aqui, a política ainda vive nos mesmos mldes do famigerado jeito coronel de pratícá-la. Aqui o podr político passa de pai para filho, os mandos e desmandos os seguem enquanto os municipios ficam reféns de uma política tacanha e frágil o que, por sí só, reflete no abandono e fragilidade da região sudoeste do estado.
A desunião e a falta de conscientização popular acaba por dar centenas, milhares de votos para candidatos sem nenhm compromisso para com nossa região quando das eleições para deputados. E pior, esses candidatos, contam com o apoio inconteste de nossos vereadores, prefeitos e demais autoridades. Isso acaba por nos enfraquecer ainda mais.
Um exemplo dessa fraqueza está na não criação da 16ª Região Administrativa, cuja sede seria instalada em Itapeva. Ela está lá, aprovada após a derrubada do veto do finado Governador Mario Covas, amarelando pelo passar do tempo e esquecida em alguma gaveta. Sem representatividade, sem alguém comprometido com a Região, ela alí permanecerá.
Essa questão da 16ª Região é um assunto a ser debatido com mais detalhes, ao menos da parte que hoje represento mas, de qualquer forma, é incompreensível o temor que muitos de nossos políticos têm da sua criação. Aliás, é até suspeita essa falta de empenho por parte deles. Seria porque, junto com a instituição viriam, por obrigação, todos os órgãos públicos necessários ao seu bom funcionamento, tais como Delegacias da Receita Federal, Estadual, Polícia Federal, entre outros?
Estão se aproximando as eleições para representantes ao legislativo estadual e federal e, eu só peço para vocês que pensem bem em quem merecerá a sua confiança: alguém que só se lembra que existimos em época de eleições, ou um filho da terra que terá que dar a cara para bater? Mudar seu futuro, elegendo nossos próprios representantes, ou permanecermos na esperança que, após eleitos, os candidatos de fora, se lembrem de nós?
FIQUE COM A SUA CONSCIÊNCIA.
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